segunda-feira, 6 de julho de 2009

Avaliação é um assunto que cria um conflito intenso na minha escola, pois os professores de area(de 5ª a 8ª) não aceitam essa nota diferenciada, eles defendem a idéia que alunos de inclusão devem ser tratados iguais aos outro no que se refere a nota e rendimento. É difícil para eles entenderemque uma criança inclusiva que apresenta dificuldade na aprendizagem é diferente de uma criança não inclusiva, é fato que ela não pode ser avaliada do mesmo modo. Esses professores ficam preocupados com a disciplina e com o controle dos alunos e esquecem do diálogo e da interação entre os sujeitos.
Como diz Pistóia: "A escola precisa permitir o fluxo de transformações em sua estrutura a fim de possibilitar que, também, os alunos diferentes possam participar do processo educativo."
Outra colocação de Pistóia que enquadrei com a realidade da minha escola, realidade essa de professores de 5ª a 8ª série, pois com os professores de currículo é bem diferente, foi essa:
"É consenso, para a maioria dos professores, que o aluno que está na escola, ali se encontra para aprender. Entretanto, a herança de modelos padronizados de aprendizagem, a onde ele é encarado somente como um indivíduo capaz de responder a estímulos, evidenciando mudanças imediatas e previsíveis de comportamento leva o professor a tecer grosseiras comparações entre o dito "aluno normal" e aqueles que apresenta necessidades educativas especiais."
Enquanto os professores continuarem a fazer esse tipo de comparações será muito difícil esse processo de inclusão de que todos almejam, se tornar realidade. Noto na minha escola que alguns professores de currículo tem atitudes bem diferentes dos professores de area, eles acreditam que o campo de atuação do professor vai além da mera transmissão de conhecimentos, eles defendem a idéia de um ambiente educativo desafiador, com a cooperação, com a solidariedade e respeito às diferenças.
Fico feliz em trabalhar com colegas assim, é gratificante, trocar idéias, experiências, nosso trabalho fica prazeroso e com certeza nossos alunos sentem o mesmo. Vejo que estamos no caminho certo, mesmo com todas dificuldades encontradas, pois não temos auxiliar na sala, os recursos são o mínimo, a rede de apoio é pouca, nem todos professores tem formação continuada e nem todas escolas estão adaptadas para receberem alunos com necessidades especiais. Mas como diz Ana Carolina Christofari, no seu texto: "....o nosso grande desafio é aprender a (con)viver com o outro deixando o medo do desconhecido de lado, para apostar na convivência com o imprevisível.