domingo, 29 de novembro de 2009


AVALIAR

Esta última leitura feita sobre "avaliação", da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, foi uma leitura muito interessante, clara e bem significativa. Realmente muitos professores não entendem sobre o verdadeiro significado e funções da avaliação, mesmo demonstrando uma postura anti-tradicional, na prática não é assim, ocorre aplicação de provas e testes com base no cognitivo e na memorização, esquecem o pensamento, o raciocínio e a capacidade individual do aluno. Com base na atuação do professor, uma das dificuldades é a falta de preparo específico e de atualização para exercer a tarefa de avaliar, mesmo em uma postura tradicional. Para Cunha (1995, p.44), “aquilo que a pessoa diz ou faz está moldado consciente ou inconscientemente pala situação social. São as experiências e as condições de vida que fornecem a formação dos conceitos e do desempenho do indivíduo”. O professor preocupado com sua postura ética assume o papel de orientador, facilitador da aprendizagem. Cria condições para que o aluno aprenda, construa seu conhecimento. Esse aluno é reconhecido como pessoa única, tal qual ele é. É valorizado o contexto individual de cada aluno.
Trabalho com 2º ano, e procuro avaliar meu aluno, durante todo processo ensino-aprendizagem, usando vários recursos possíveis, como desenho, atividades lúdicas, jogos, escrita espontânea, as atividades em grupo, as individuais, atividades dirigidas, brincadeiras no pátio, passeios, o respeito e o comprometimento com suas responsabilidades, como o tema de casa, o capricho com seu caderno. Tudo que eles fazem eu procuro observar as reações, as descobertas, as aprendizagens e as dificuldades. Tenho um caderno de acompanhamento e faço minhas anotações: Ex: Hoje o aluno “B” conseguiu fazer o desenho da sua família. O aluno “D” está com dificuldade em jogar o jogo da memória. Não é todos os dias que realizo as anotações e sim quando acho necessário ou quando noto alguma mudança em um determinado aluno.
Agora no final do ano preciso dar uma nota ao meu aluno, sendo que até agora ele recebeu pareceres descritivos, sinto dificuldade, pois é complicado avaliar uma criança dando uma nota, medir a o seu conhecimento. Isso deve ser feito com muita calma e responsabilidade, temos que olhar nosso aluno como um indivíduo único, levando sempre em consideração seu contexto de vida e seu crescimento como um todo.
Utilizo os resultados da avaliação para identificar onde meu aluno está com dificuldade, onde posso ajudá-lo e para levar os resultados ao conselho de classe, que é feito antes da entrega de boletim, juntamente com direção e coordenação. Acredito que devemos aperfeiçoar nossa posição de avaliação dando menos ênfase para as notas e valorizar mais o crescimento do nosso aluno como um todo. Como diz Lúdke: “ele aprende toda hora: na dúvida, na pergunta, no relacionamento entre os colegas, no conteúdo trabalhado em turma, na dúvida ou explicação do colega(...) E nós professores precisamos estar atenta a isso e favorecer a aprendizagem contínua.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

sorobã / ábaco
O sorobã ou ábaco, aparelho de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes de visão. É utilizado na realização das operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação, potenciação).
Este sorobã da imagem é o mesmo que usamos na nossa escola, é prático e os alunos aprendem com facilidade. Exige concentração do aluno, mas por incrível que pareça concentração é o que eles mais tem. Os alunos recebem os cálculos a serem feiros em braille, efetuam o cálculo no sorobã e colocam as respostas em braille na mesma folha.
O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos no Japão pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Todos nós sabemos que a criança desde pequena já possui a intenção de escrever, às vezes só com desenhos e algumas vezes com algumas palavras ou letras soltas. O estímulo da família é de grande importância nesta fase de desenvolvimento da escrita. Lendo o texto: "Consciência Fonológica:o que é. para que serve e qual sua relação com o aprendizado da leitura e da escrita?(Jornal Letra A - jun/jul.2005) conclui que a consciência fonológica é a capacidade de analisar os fonemas e de relacionar esses fonemas com as "letras", e essa capacidade é a última que a criança tende a adquirir. Acredito que quando a criança consegue fazer esta relação "fala/escrita", ela começa a entender o processo de leitura e escrita. No texto tem uma parte que me chamou a atenção: "Pesquisas das últimas décadas apontam que a criança formula hipóteses e constrói conhecimentos ao se familiarizar com as formas de escrita do dia-a-dia e ao refletir, com o professor, Asobre a natureza e o funcionamento da língua escrita".Realmente acredito e noto na sala de aula que os alunos quando estimulados formam hipóteses e constrói conhecimentos, pois quando realizo a atividade de escrita espontânea é um momento onde eles estão criando hipóteses para esceverem sozinhos, precisam de alguma maneira me contar algo e formam assim seu conhecimento eu fico como mediadora, desafiando e fazendo eles trocarem ideias até concluirem e resolverem seua pequenos problemas.





quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Após a leitura dos textos sugeridos, pela interdisciplina LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRA, notei que a educação de surdos está em constante mudança e a presença do professor surdo, ou que saiba a língua de sinais em sala de aula, recebe grande importância, pois os alunos surdos geralmente não se comunicam em casa, com a presença desses profissionais em sala este aluno se sente mais seguro e com perspectiva para seu futuro. Esse professor torna-se um líder para o aluno surdo. Vivenciei uma experiência semelhante a esse comentário feito. Levamos nossos 3 alunos D.V. para conversar com o professor Ramos em Porto Alegre, no Instituto Santa Luzia, pois estávamos com dificuldade em introduzir a matemática através do sorobã. Este professor também é D.V.. Eu e mais 3 professores fomos junto para auxiliar em caso de necessidade, mas ao contrário do que prevíamos, ficamos as 3 sentadas só observando o professor ensinando os 3 com a maior facilidade interagindo com o professor. Foi algo surpreendente, pois os 4 cegos se deram melhor sem nossa presença do que com a gente tentando auxiliar.

domingo, 8 de novembro de 2009

Paulo Freire condena a escola conservadora, tradicional, denominada por ele de “Educação Bancária”, pois oferece o ensino onde o professor deposita o conhecimento no aluno, onde a idéia de ensinar é de transmitir saber, é acomodar esse aluno.
Freire defende uma educação libertadora, onde os alunos são agentes ativos no processo ensino-aprendizagem. Nessa proposta de educação, a valorização da cultura do aluno é fundamental, é trazer as vivências, as experiências, dúvidas, medos e frustrações, desse aluno para dentro da sala de aula. Trabalhar com isso de maneira que os alunos descubram soluções para seus medos e frustrações, o professor não mostra o caminho, ele é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos, fazendo com que os próprios alunos sejam agentes do seu aprendizado, nesta sala de aula os dois (aluno e professor), aprendem juntos. Como diz na Leitura 1: Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência: “Os homens se educam entre si e mediados pelo mundo

As propostas de Centro de Interesse, Projeto de Trabalho e Temas Geradores se inspiram nessa Educação, onde possibilitam uma troca de idéias, dúvidas e experiências entre professor e aluno, com isso a atuação educativa é um processo de criação e recriação do conhecimento. Como diz Freire: “o objetivo da escola é ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo”.

Acredito que o professor para trabalhar com essa proposta de Educação Libertadora, a qual defende Paulo Freire, o diálogo deve estar presente em sala de aula, pois o diálogo é uma exigência existencial, é através dele que podemos refletir e agir e o mundo transformar. O professor deve estar preparado para saber falar e para saber ouvir, como diz na leitura 2 - FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101: “a auto-suficiência é incompatível com o diálogo”.

Sabemos que nas escolas atuais, ainda existe uma preocupação em passar os conteúdos programados pelos Planos de Estudos, devemos ter em mente que isso não é principal e sim a utilização destes conteúdos para a compreensão da realidade. Um exemplo que lembro ter realizado em sala de aula, onde os alunos aprenderam algo para sua vida, foi quando trabalhamos o projeto "alimentos", que montamos um mercado na sala só com embalagens de produtos trazidos de casa, usamos dinheirinho de brinquedo. Foi muito bom, pois isso é algo que eles participam em casa com os pais, mas poucas vezes eles mesmos utilizam o dinheiro, conhecer, saber dar o troco, somar, diminuir. Acredito que foi um aprendizado que eles levaram pra vida.