domingo, 13 de dezembro de 2009

Realmente numa Educação de Jovens e adultos a diferença entre os dois é grande,
os interesses são diferentes causando conflito de opiniões, pois tanto o jovem quanto o adulto buscam o ensino com objetivos diferentes. Apesar do adulto ter mais dificuldades na aprendizagem, estas são superadas na medida em que o mesmo tem maior comprometimento, apresentando diferentes habilidades e tendo consciência de sua limitações. O pensamento dos adultos é de crescimento pessoal e profissional. Eles querem mais oportunidades, melhorar a vida dos filhos e poder concorrer com a população por um emprego melhor. Já o jovem tem o pensamento mais momentâneo. Eles querem terminar logo o estudo para se "livrar" dessa obrigação. O jovem ainda não tem família para sustentar, então às preocupações são outras. Eles querem o diploma para conseguir ingressar no mercado de trabalho. Estudam por que os pais obrigam. No texto de Oliveira encontram-se muitas contribuições para compreender melhor quem são os alunos da EJA, entre elas:

“O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.”

Os alunos jovens e adultos buscam uma identidade, uma referência, uma certeza, uma aceitação perante a sociedade e a família. A escola neste caso infelizmente não leva em consideração as vivências dos alunos, sua bagagem e sua realidade não é valorizada, acredito que por esse motivo acontece tanta evasão escolar.

Slide 1
Existe uma distinção nas classes da EJA, nos alunos jovens e adultos que frequentam as mesmas salas de aula. “O aluno jovem esta mais ligado em atividades de trabalho e lazer mais relacionadas com a sociedade letrada, escolarizada e urbana. Enquanto o adulto traz consigo conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas”. O grupo no EJA é muito heterogêneo eles têm mais facilidades de se expressarem oralmente, mas na linguagem escrita tem muitas dificuldades. O aluno jovem tem a linguagem mais voltada para a gíria e um pensamento abstrato pouco desenvolvido. O aluno adulto tem uma linguagem mais tradicional, mais rica, por causa de suas vivências e experiências. Tem o pensamento abstrato mais desenvolvido. Algumas concepções dos alunos da EJA se tornam, até mesmo, impedimentos para a apropriação dos conteúdos escolares. Muitos, por não se distanciarem da realidade vivida, não conseguem interpretar, recontando textos conforme o seu ponto de vista, modificando a história ao sabor de suas experiências e valores; sem distinguir o que está escrito do que ele pensa sobre o que está escrito. Eles interpretam o mundo a partir da sua “concretude”, ou seja, de se mostrarem extremamente implicados em seus contextos, dificultando, assim, a apropriação dos conteúdos escolares que, sendo de origem científica, lidam com conceitos e representações historicamente construídos e direcionam o pensamento rumo ao abstrato. Quando refletimos como estes jovens e adultos pensam e aprendem devemos levar em consideração que estas pessoas não são crianças, são os excluídos da escola e são membros de determinados grupos sociais. É preciso que a educação esteja – em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos – adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Deficiência auditiva ou surdez é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Para conversar com uma pessoa surda eu aprendi algumas coisas com minha prima como, manter o contato visual, é importante que a pessoa surda olhe para a pessoa com quem está conversando. Tentar compreender os gestos que a pessoa surda faz, às vezes te mostrando algo. Para interagir com pessoas surdas acredito ser importante conhecer o mínimo da linguagem de sinais, entender as reações dessa pessoa quando não consegue ser entendida, pois tem algumas pessoas surdas que ficam irritadas com isso. É importante conhecer nosso aluno suas necessidades, sua situação cotidiana. Precisamos estar preparados para aprender com ele, compartilhar caminhos, compreender a complexidade e a diversidade através da abertura de canais para o diferente, o que não é meu, nem igual ao meu, mas por isso mesmo, merece respeito.