A ESCOLA BRASILEIRA NO FINAL DO SÉCULO.
Estava lendo a postagem do dia 17 de dezembro de 2006, sobre a Educação Brasileira. Dentro do texto fiz o seguinte comentário: "Cada ano que passa se houve promessas, mais investimento na educação, mas as mudamças não aparecem. A qualidade da educação pública é um fracasso. As coisas parecem que não mudaram, pois ainda existem crianças com poder aquisitivo melhos que estudam em escolas particulares, ficando a escola pública com a maioria de menor renda."
Agora depois destes semestres de grandes leituras e descobertas, sabe-se que a história real da educação brasileira é regida pelos interesses econômicos dos governos e dificilmente mudará. A transformação precisa acontecer dentro de nós, professores e cidadãos, que muitas vezes vemos os alunos, as crianças, os mais pobres, como pessoas a quem faltam coisas, saberes, posses, e não como quem também nos pode trazer enriquecimento, aprendizado. Não os vemos assim porque nos consideramos pessoas que já sabemos tudo, e nada nos resta a aprender. Freire nos mostrou que nenhum projeto educacional tem importância num contexto de opressão e desigualdade, numa composição histórica que não oferece aos grupos menos favorecidos qualquer espécie de ruptura, sequer de reflexão sobre sua própria condição. A sociedade que Paulo Freire imaginou é aquela em que as pessoas são capazes de olhar para si mesmas com humildade, o que quase ninguém consegue fazer. Por isso, entre outros motivos, é que por muito tempo as coisas vão continuar do jeito que estão.